quarta-feira, 25 de junho de 2014

Policial da Força Tática de Mogi das Cruzes é sequestrado e torturado antes de morrer. "Caça a esses lixos protegidos pela legislação nojenta desse País escroto"

'PM pode ter sido espancado antes de morrer', diz delegado seccional

Segundo a polícia, criminosos ainda usaram cartão de crédito da vítima.
Soldado estava desaparecido e corpo foi encontrado nesta terça (24).

Jenifer Carpani Do G1 de Mogi das Cruzes e Suzano
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (25), o Delegado Seccional Marcos Batalha relatou que acredita que os criminosos que sequestraram o policial militar Rodrigo de Lucca Fonseca espancaram e torturaram a vítima antes de matá-la. O militar estava desaparecido desde sexta-feira (20). O corpo dele foi encontrado na última terça-feira (24), em um terreno em Suzano.
Segundo o delegado, foram cinco disparos encontrados em várias partes do corpo do policial. A localização dos tiros levam o policial a crer que houve tortura. "Há a informação que ele teria sido espancado antes de ser alvejado pelos disparos. Os próprios locais em que os disparos atingiram no corpo dele mostram que os bandidos queriam torturá-lo.", explica.
Polícias civil e militar acreditam que PM encontrado morto foi espancado. (Foto: Jenifer Carpani/G1)Polícias civil e militar acreditam que PM encontrado
morto foi espancado. (Foto: Jenifer Carpani/G1)
Ainda segundo o Delegado, De Lucca pode ter sido espancado antes de levar os cinco tiros que o mataram. "O caso mostra a ousadia dos criminosos, que acabaram tirando a vida do policial com requintes de crueldade. Foram vários disparos e além disso houve espancamento", salienta.
A principal linha de investigação, segundo as polícias militar e civil, é a de roubo. "Acreditamos que ele foi vítima de um roubo, e como ele usava um agasalho da Policia Militar e tinha uma arma da Policia Militar, ele foi identificado como PM e aí executado", relata o Coronel do Comando de Policiamento Metropolitano de Área 12 (CPAM/12) Nelson Celegatto, que também estava presente na coletiva.
Os policiais explicaram alguns possíveis passos dos criminosos, descobertos pela investigação. "Tudo leva a crer que ele permaneceu em cárcere privado, nas mãos dos criminosos, e obrigaram a vítima a fornecer o cartão de crédito e sua senha. "No mesmo dia em que eles renderam a vítima, na sexta e na sequência no sabado também, em lojas diferentes, utilizaram o cartão de crédito da vítima, gastaram cerca de R$ 400", disse o Delegado Seccional. O Policial Militar estava desaparecido desde sexta-feira (20). O corpo do policial foi encontrado na última terça-feira (24), em um terreno em Suzano.
O Delegado Seccional afirmou ainda que a sensação de impunidade pode ser o motivo de levar os criminosos a usar o cartão de crédito da vítima em vários estabelecimentos comerciais. "Hoje os criminosos não têm medo da justiça. Eles são ousados e essa é a verdadeira sensação da impunidade", opinou. "Ele sabe que se ele for preso, ele vai cumprir a pena. Mas que ele tem inúmeras garantias da lei", disse.
Enterro
O corpo do policial militar Rodrigo de Lucca Fonseca foi enterrado às 11h desta quarta-feira (25). O velório que começou na noite de terça-feira no Memorial do Alto Tietê movimentou um grande número de policiais, amigos e familiares do jovem.
Enterro de soldado Rodrigo de Lucca foi realizado nesta quarta (Foto: Tatiane Santos/G1)Amigos e familiares prestaram homenagem ao PM
nesta quarta no Cemitério da Saudade em Mogi
(Foto: Tatiane Santos/G1)
O cortejo composto por policiais militares em carros e motos, além de veículos que transportavam amigos e familiares do policial chegou ao Cemitério da Saudade por volta das 10h40 desta quarta. Emocionados todos entraram no cemitério para o sepultamento. “A Justiça tem que ser feita porque o que fizeram com ele é uma barbaridade. Ele não merecia. Ele era uma pessoa muita tranquila” contou a empresária Patrícia Morente. Ela disse que estudou com o policial desde a 5ª série e desde então eram amigos.
Segundo a Polícia Militar, Rodrigo de Lucca Fonseca fazia parte da corporação há quatro anos e estava na Força Tática há menos de um ano. Antes do enterro, os policiais da Força Tática fizeram uma cerimônia em homenagem ao policial. Eles estenderam uma bandeira do Brasil sobre o caixão ao som de um trompete tocado por um dos integrantes da Força. Depois, dobraram a bandeira e a recolheram. No momento da homenagem amigos e familiares presentes se emocionaram bastante.  A sepultura estava repleta de coroas de flores.
O comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitano, Nelson Celegatto esteve presente ao enterro. Ele reforçou que a investigação é feita pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. “Várias linhas de investigação estão sendo analisadas pela Civil. Uma delas é a de roubo pelas características do crime. Afinal o soldado foi rendido no entorno de sua residência. Sabemos também que ele permaneceu alguns dias com os infratores. O laudo oficial não saiu ainda, mas as informações preliminares apontam que ele ficou vivo, provavelmente, até a madrugada de segunda-feira. Além das marcas de tiro, o corpo não apresentava sinais de tortura como queimadura e corte. O rosto do policial tinha sinais de agressão”, informou Celegatto.
Polícia do Alto Tietê procura por soldado desaparecido (Foto: Reprodução/TV Diário)Policial estava desaparecido desde sexta-feira (20).
(Foto: Reprodução/TV Diário)
Investigação
O Delegado Seccional Marcos Batalha afirmou na terça-feira que o policial militar da Força Tática Rodrigo de Lucca Fonseca pode ter sido morto com a própria arma. "Ao lado do corpo, foram encontrados cápsulas de armas usadas pela Polícia Militar. Ao que parece, ele foi executado pela própria arma", disse o Delegado Seccional. Ainda segundo ele, no local do crime não foram encontrados outros indícios para o crime ser solucionado.
O caso segue sob investigação: "As investigações começaram no mesmo dia em que o Boletim de Ocorrência do desaparecimento foi registrado. Elas estão sendo conduzidas pela Polícia Civil com a ajuda da Polícia Militar", afirmou Marcos Batalha. Segundo ele, ainda não há indícios dos culpados pelo crime. "Ainda não temos indícios de quem possa ter praticado esse crime, mas vamos investigar e queremos prender todos os criminosos envolvidos", disse.
Segundo ele, ainda é cedo para afirmar exatamente o que houve. "Não podemos afirmar o que houve, se foi roubo ou vingança. Mas acredito, com a minha experiência, que ele tenha sido vítima de uma tentativa de roubo e, quando souberam que se tratava de um policial militar, acabaram por executá-lo", explica.
O Policial Militar da Força Tática de Mogi das Cruzes, Rodrigo de Lucca Fonseca, de 28 anos foi visto pela última vez na sexta-feira (20), quando chegava de carro em sua residência, em Mogi das Cruzes. Segundo o boletim de ocorrência registrado no 1º Distrio Policial, o PM chegava em casa de carro no final da tarde quando foi abordado por dois homens que pareciam estar armados.
Estrada que leva ao terreno onde corpo do policial foi encontrado em Suzano (Foto: Pedro Carlos Leite/ G1)Estrada que leva ao terreno onde corpo do policial
foi encontrado em Suzano
(Foto: Pedro Carlos Leite/ G1)
Encontro do corpo
O corpo do soldado, de acordo com as polícias Civil e Militar, estava em um terreno às margens da antiga Estrada Índio Tibiriça em Suzano. Uma mulher que passava pela estrada viu o corpo e avisou a polícia. A polícia informou que o corpo tinha marcas de tiro. O comandante do Comando de Policiamento Metropolitano 12 (CPM-12), coronel Nelson Celegatto esteve no local. “Pelas informações preliminares do perito, ele teria morrido nas últimas 24 horas.
O policial foi encontrado com um agasalho azul da Polícia Militar. Ele fazia parte da corporação há quatro anos e estava na Força Tática há menos de um ano. Era um bom policial com diversas prisões e apreensões. Estamos recebendo diversas denúncias a respeito desse caso e todas estão sendo verificadas”, concluiu o comandante. Ele disse ainda que neste momento a PM não acredita em retaliação porque o jovem trabalhava na Força Tática há pouco tempo. Mesmo assim, Celegatto destacou que as últimas ocorrências em que o policial se envolveu estão sendo verificadas.
Buscas
Na segunda-feira (23) após uma manhã inteira sem resultados, o Corpo de Bombeiros de Suzano encerrou as buscas em um córrego do Parque Maria Helena pelo corpo do soldado da Força Tática Rodrigo de Lucca.
No sábado (21) policiais que estavam em patrulhamento no Parque Maria Helena foram avisados por crianças do bairro sobre um carro no córrego. Após a retirada da água, o veículo foi identificado como sendo o que o policial de Mogi estava quando foi sequestrado.
De acordo com os policiais, o veículo encontrado no córrego pertence a namorada de Rodrigo. A perícia do carro foi feita na manhã deste domingo pelo Instituto de Criminalística (IC), de Mogi das Cruzes. Em seguida, ele foi encaminhado para o pátio da Prefeitura de Suzano.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo ótimo trabalho e um site ótimo para ficar informado no ramo policial. Convido a conhecer meu trabalho como Chefe de Polícia na Carolina do Norte EUA como também meu blog,
    fique a vontade.
    Saudações
    Marcos Bomfim
    Chief Police
    King Special Police

    http://kingspecialpolice.blogspot.com.br/

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  2. Queria saber porque esse "chefe de polícia" não diz que é dono de uma EMPRESA chamada King Special Police? Nos confunde, já que achamos que ele é chefe de polícia governamental, o que NÃO É o caso.

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