Campanha de vereador paulistano pode custar até R$ 3 bi
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
AMANDA ROSSI
Estadão Dados
AMANDA ROSSI
Estadão Dados
Se todos os candidatos a vereador de São Paulo conseguirem arrecadar o máximo que pretendem, a campanha eleitoral para a Câmara Municipal paulistana vai custar R$ 3,248 bilhões. Na média, cada um dos 1.185 postulantes prevê gastar R$ 2,741 milhões. Mas a média é enganadora. Os tetos de gastos variam dos R$ 50 mil previstos pelos candidatos do PCO a R$ 5 milhões, estimados pelos integrantes das chapas do PSD, PSDB, PRB, PT do B e PTN.
O máximo de gastos previstos pelo DEM é de R$ 4 milhões por candidato -o mesmo valor estipulado pelo PR. O PT, o PP e o PMDB estabeleceram um teto de R$ 3 milhões por vereador. O do PDT é metade disso.
Em 2008, porém, os gastos efetivos de campanha foram uma fração dos tetos previstos. A regra deve se repetir este ano. Os partidos estipulam tetos muito mais altos do que efetivamente conseguem arrecadar para não ter problemas com a Justiça eleitoral.
Na média, o candidato a vereador paulistano tem 49 anos, é do sexo masculino (só 31% de mulheres), concluiu o ensino médio, começou a fazer faculdade mas a maioria não concliu o curso. Tem boa chance de ser empresário, comerciante ou advogado.
Só metade dos candidatos a vereador nasceu no município onde pretendem se eleger, uma proporção bem superior à da população de São Paulo. Dos moradores da cidade, 69% são paulistanos. A maior parte dos candidatos “forasteiros” nasceu em outras cidades paulistas. Depois vêm os nascidos na Bahia, Minas Gerais e Pernambuco.
A candidata de mais idade é a cantora Angela Maria (PTB), de 83 anos. O mais novo é do PSOL: Michel Lutaif tem apenas 18 anos.
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