Governo não descarta ação do PCC e, segundo delegado, criminosos tinham como missão identificar policiais fora de serviço para serem atacados
Felipe Tau - O Estado de S.Paulo
Veja
também:
Polícia prende suspeito de matar PM na zona sul de SP
Cinco PMs são executados em menos de uma semana na Grande São Paulo
Polícia prende suspeito de matar PM na zona sul de SP
Cinco PMs são executados em menos de uma semana na Grande São Paulo
Felipe Tau/AE
Jorge Carrasco (DHPP), Comandante Geral da
PM Roberval França e Corregedor Geral da PM Rui de Souza
A polícia prendeu ontem quatro
suspeitos de atuar como "olheiros" nos ataques promovidos contra policiais
militares na Grande São Paulo desde o dia 13. O grupo, formado por três homens e
um adolescente, seria responsável por identificar PMs fora de serviço para serem
atacados. Eles foram detidos em dois carros na Vila Madalena, zona
oeste.
Uma das duplas - formada por dois irmãos - estava em um Monza. Um deles já havia matado um policial em 2000 e estava em liberdade condicional. A outra estava em um Tucson - o adolescente, segundo a polícia, está envolvido em pelo menos um dos ataques. "Tudo tem a ver com esses dois, posso garantir", afirmou o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo ele, o Tucson é o mesmo veículo que conseguiu fugir de uma perseguição policial há duas semanas. Ontem, pela primeira vez, o comando da polícia reconheceu que o momento atual é de ataque a PMs e os casos não ocorrem de maneira isolada, como informado anteriormente.
Carrasco também informou que o suspeito de matar o soldado Osmar Ferreira, na sexta-feira, foi preso anteontem. Douglas de Brito Silva, de 23 anos, estava no SpaceFox que bateu na traseira da moto do PM. Ele teria sido o responsável pelos disparos que mataram o policial.
Silva cumpria pena por roubo, tráfico e formação de quadrilha na Penitenciária de Reginópolis, no interior, até agosto de 2011. Saiu em um indulto de Dia dos Pais e não retornou ao presídio.
A polícia chegou a ele a partir de denúncia anônima. Mas não quis informar se é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), apesar de não eliminar a hipótese de que a facção criminosa comande a onda de ataques a PMs. "A investigação policial não descarta nada, mas é muito prematuro neste momento fazer essa afirmação (de que o PCC é o mandante dos ataques)", disse Carrasco. "Mas nós não temos dúvida de que é uma retaliação pelo excelente trabalho que a Polícia Militar vem fazendo", afirmou. A mesma declaração foi dada anteontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Foragido. Além das prisões, o DHPP divulgou retrato falado de três suspeitos e identificou outros três. Um deles é Kléber Cesário Garcia, que teria executado o cabo Joaquim Cabral de Carvalho anteontem, em Ferraz de Vasconcelos. Ele teve a prisão temporária pedida e está foragido. Os outros dois estariam na capital e na Baixada Santista e são alvo de operação policial desde ontem.
Neste ano, 39 policiais foram mortos no Estado. Em 2011 inteiro, foram 47. Na sexta-feira, o governo anunciou que toda a PM está em alerta contra novos casos por tempo indeterminado.
Uma das duplas - formada por dois irmãos - estava em um Monza. Um deles já havia matado um policial em 2000 e estava em liberdade condicional. A outra estava em um Tucson - o adolescente, segundo a polícia, está envolvido em pelo menos um dos ataques. "Tudo tem a ver com esses dois, posso garantir", afirmou o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo ele, o Tucson é o mesmo veículo que conseguiu fugir de uma perseguição policial há duas semanas. Ontem, pela primeira vez, o comando da polícia reconheceu que o momento atual é de ataque a PMs e os casos não ocorrem de maneira isolada, como informado anteriormente.
Carrasco também informou que o suspeito de matar o soldado Osmar Ferreira, na sexta-feira, foi preso anteontem. Douglas de Brito Silva, de 23 anos, estava no SpaceFox que bateu na traseira da moto do PM. Ele teria sido o responsável pelos disparos que mataram o policial.
Silva cumpria pena por roubo, tráfico e formação de quadrilha na Penitenciária de Reginópolis, no interior, até agosto de 2011. Saiu em um indulto de Dia dos Pais e não retornou ao presídio.
A polícia chegou a ele a partir de denúncia anônima. Mas não quis informar se é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), apesar de não eliminar a hipótese de que a facção criminosa comande a onda de ataques a PMs. "A investigação policial não descarta nada, mas é muito prematuro neste momento fazer essa afirmação (de que o PCC é o mandante dos ataques)", disse Carrasco. "Mas nós não temos dúvida de que é uma retaliação pelo excelente trabalho que a Polícia Militar vem fazendo", afirmou. A mesma declaração foi dada anteontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Foragido. Além das prisões, o DHPP divulgou retrato falado de três suspeitos e identificou outros três. Um deles é Kléber Cesário Garcia, que teria executado o cabo Joaquim Cabral de Carvalho anteontem, em Ferraz de Vasconcelos. Ele teve a prisão temporária pedida e está foragido. Os outros dois estariam na capital e na Baixada Santista e são alvo de operação policial desde ontem.
Neste ano, 39 policiais foram mortos no Estado. Em 2011 inteiro, foram 47. Na sexta-feira, o governo anunciou que toda a PM está em alerta contra novos casos por tempo indeterminado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção! Os comentários ofensivos à Instituição ou pessoas serão de responsabilidade exclusiva de quem comenta, inclusive será divulgado o endereço IP, se solicitado.