terça-feira, 2 de agosto de 2011

Greve da Polícia Civil do Ceará completa um mês sem negociações

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DE SÃO PAULO

A greve da Polícia Civil do Ceará completa um mês nesta terça-feira (2) sem que as negociações entre governo e grevistas tenham começado.

Hoje, o governador Cid Gomes (PSB) determinou o desbloqueio do salários de um grupo de 163 policiais. Os pagamentos haviam sido suspensos ontem pelo governo. Com o corte, a categoria, que afirma manter cerca de 30% do efetivo trabalhando, chegou a ameaçar fazer greve total.

De acordo com a Secretaria de Planejamento, o desbloqueio dos salários foi uma demonstração da "disposição da administração pública para negociar".

Os policiais pedem, entre outras coisas, reajuste salarial e aumento do efetivo da Polícia Civil no Estado.

Segundo o secretário de Planejamento, Eduardo Diogo, as negociações não começaram até agora porque os policiais mantiveram a greve, apesar de ela ter sido considerada ilegal pela Justiça, e trouxeram transtornos à sociedade.

A ilegalidade da greve foi decretada em 5 de julho por um juiz da 6ª Vara de Fazenda Pública. Após recurso do Sindicato do Policiais Civis, porém, o TJ-CE (Tribunal de Justiça do Ceará) decidiu fazer uma sessão colegiada, na próxima semana, para decidir sobre a questão.

O governo exige que os policiais interrompam a greve para fazer, na segunda-feira, uma reunião para discutir a pauta de reivindicações.

De acordo com o presidente da Confederação Brasileira dos Policiais Civis, Jânio Gandra, que acompanha o movimento, haverá uma assembleia geral amanhã para que os grevistas decidam sobre a possibilidade de suspender a greve e, com isso, dar início às negociações.

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