terça-feira, 10 de novembro de 2009

Policiais militares envolvidos no assalto em Guararema eram ligados ao PCC


Grupo de PMs que participou do ataque à base da cidade e do furto de um banco estaria envolvido com integrantes da facção
fonte jornal MogiNews
Marcelo Alvarenga

Coletiva: Comando da PM convocou a Imprensa para divulgar o resultado dos três meses de investigações que levaram até os nomes dos suspeitos
Deize BatingaDa reportagem localDurante as investigações que levaram a prisão de seis policiais na semana passada, o comando do 17° Batalhão da Polícia Militar descobriu que o grupo tinha ligação com um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). O homem, identificado como Anderson Paixão Bartoldo, de 26 anos, teria liderado o ataque à base da 3ª Companhia de Guararema, em agosto deste ano. Além dele e dos policiais, uma quadrilha especializada em furtos de caixas eletrônicos também participou do crime. "Foi uma articulação feita por três grupos criminosos", informou o coronel Milton Sussumo Nomura, comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPAM-12).Os policiais suspeitos do assalto à base da PM e ao Bradesco de Guararema e Bartoldo foram detidos na sexta-feira passada. "Ele (Bartoldo) já é procurado por vários crimes, entre eles um homicídio. Como é integrante de uma facção criminosa, foi encaminhado para a sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), em São Paulo", contou Nomura, que não quis revelar o nome dos policiais detidos por ainda serem considerados suspeitos.Segundo o coronel, foram três meses de trabalho de investigação. A polícia descobriu que os ataques simultâneos à base da PM e ao banco foram organizados por três grupos criminosos: um formado por soldados, cabos e subtenentes que trabalhavam em Guararema e Mogi, outro pelo grupo do integrante do PCC e, por fim, uma quadrilha especializada em furto de caixas eletrônicos. "Os policiais teriam participado da elaboração do crime. O integrante da facção criminosa foi o responsável por atacar a base da PM e, assim, evitar a ação da polícia no assalto ao banco, que era praticado por outra quadrilha", resumiu. Na época, foram furtados cerca de R$ 39 mil de dois caixas de autoatendimento.O processoSegundo o comandante do 17° Batalhão, tenente-coronel Paulo Roberto Madureira Sales, as investigações serão encerradas quando os armamentos roubados da companhia forem recuperados. "Já temos noção de onde estão essas armas e vamos recuperá-las".O comando da PM revelou ainda que os policiais detidos também são suspeitos de participação em outros crimes, porém, não divulgou detalhes.Após o término das investigações, o inquérito da Polícia Militar será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresentará a denúncia contra os militares envolvidos no crime, cuja prisão temporária vence amanhã. "Eles devem voltar ao trabalho, mas um inquérito administrativo será instaurado para apurar a conduta deles".

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