Para delegado-geral, encontrar os autores do crime contra mulher em São Bernardo, no ABC Paulista, "é questão de honra" para a Polícia Civil de São Paulo
Em entrevista convocada pela Secretaria de Segurança Pública de São
Paulo nesta sexta-feira (26), o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio
Blazeck, divulgou o retrato falado de dois suspeitos de integrarem a quadrilha
que na tarde da última quinta-feira (25) ateou fogo e matou a dentista Cinthya
Magaly Moutinho de Souza (47) em seu consultório na cidade de São Bernardo, no
ABC Paulista.
“A crueldade está traduzida na ação, mas a motivação nós só
teremos depois que todos forem presos”, afirmou o delegado-geral, que aposta em
um quarto “elemento” ainda não identificado.
Ao lado do delegado da seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho,
Blazeck pediu a ajuda da população e da imprensa para divulgar os retratos
falados dos suspeitos de ajudarem Jonatas Cassiano Araújo (21), “reconhecido por
seis testemunhas”: “o carro da vítima foi encontrado em uma garagem utilizada
por Jonatas.”
De acordo com a polícia, a primeira parte do trabalho está concluída: os
principais suspeitos já foram identificados e as condições do crime foram
esclarecidas. “O próximo passo será a prisão.”
Os investigadores têm indícios de que essa mesma quadrilha
assaltou outros dois consultórios: um em Diadema (ABC Paulista) em outubro do
ano passado e outro na capital paulista no último dia 18. Além disso, o mesmo
tipo de arma utilizada contra Cinthya (um revólver prateado) e o uso de tortura
psicológica também marcaram essas ocorrências.
“Os suspeitos apresentados hoje foram identificados na ocorrência
do dia 18”, afirmou Blazeck. Outra pista é um veículo da marca Audi, em nome da
mãe de Jonatas – já preso –, utilizados no crime “e apreendido na manhã de
hoje”, segundo Bueno Filho.
Embora tenha pedido o auxílio da imprensa e da população, o delegado afirmou
que a polícia investiga três endereços em que há “grande probabilidade” de os
criminoso estarem. Ao classificar de “bárbaro” o episódio, Blazeck afirmou ser
“uma questão de honra das policias de São Paulo prender o mais rápido possível
esses elementos." Para isso, a secretaria divulgou os seguintes telefones para
denúncias: (11) 4368-0166 e 4125-1377.
O caso
Os criminosos invadiram a clínica e dois deles roubaram o cartão de crédito
de Cinthya para fazer um saque em um caixa eletrônico. Após constatarem que a
dentista só tinha R$ 30 na conta, eles retornaram ao consultório, atearam fogo
na vítima e fugiram.
Cinthya atendia uma paciente - cujo nome não foi divulgado - quando os
criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de
atendimento odontológico e a dentista abriu o portão, momento em que mais dois
criminosos invadiram a casa.
A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados. Segundo o delegado seccional, a paciente - que não ficou ferida - conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos."
A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados. Segundo o delegado seccional, a paciente - que não ficou ferida - conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos."
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