sábado, 22 de dezembro de 2012

Desembargadores querem saber se foram grampeados pela PM

 
ROGÉRIO PAGNAN
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"
 
Um grupo de desembargadores de São Paulo quer que a Corregedoria do Tribunal de Justiça investigue se telefonemas com jornalistas foram monitorados por central de escutas telefônicas da PM em Presidente Prudente (SP).
Um deles é o desembargador Xavier de Aquino, do Órgão Especial do TJ, que deve se reunir com o corregedor José Renato Nalini na quarta.
"Quero saber quem autorizou, quem está por trás", disse. Seu nome foi citado pelo radialista João Alkimin, de São José dos Campos, que registrou ocorrência policial.
Alkimin, que tem blog que aborda segurança pública, disse que um PM lhe mostrou transcrições de conversas suas com várias pessoas, entre elas quatro desembargadores.
Aquino diz que falou com o radialista ao participar de programa sobre música. O desembargador disse que ficou "estupefato" com a notícia.
O delegado-geral, Luiz Maurício Blazeck, disse que a Polícia Civil vai investigar acusações feitas por Alkimin e pela Associação dos Delegados --a entidade diz que a realização de escutas é amplamente sabida na polícia.
O desembargador Antonio Carlos Malheiros, da área da Infância e Juventude do TJ, disse que vai procurar o corregedor e o presidente do tribunal, Ivan Sartori. Ele disse que é "extremamente grave" a informação do jornalista Sandro Barboza, da TV Bandeirantes, que diz ter sido grampeado ao falar com ele.
"Acho que a investigação precisa ir a fundo. Se foi autorizado pela Justiça, a Justiça tem de dar uma razão para isso", disse Malheiros.
O desembargador aposentado Luiz Antonio Rizatto Nunes, também citado por Alkimin, disse que vai analisar que medidas deverá adotar.
A queixa feita pela Associação dos Delegados é baseada em reportagens da Folha e do jornal "Oeste Notícias" sobre central de escutas criada em 2006 pelo então secretário de Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, para monitorar presos.

Um comentário:

  1. Os Generais Presidentes
    Por Carlos Chagas - Jornalista

    "Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."
    Mas uma evidência salta aos olhos.

    Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

    Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

    Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.

    Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

    João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos depois colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.

    Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram, nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas.

    Bem diferente dos tempos atuais, não é? "
    Por exemplo o Lulinha, filho do Lula, era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada politica) de R$ 1200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara, adquirida por 47 milhões de reais, e detalhe, comprada a vista.
    Centenas de outros politicos, também trilharam e trilham o mesmo caminho.
    Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos politicos, garanto que 95% não passariam, seria comprovado destes o enriquecimento ilícito. Como diria Boris Casoy "Isto é uma vergonha" e pior, ninguém faz nada.

    Carlos Chagas

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