quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cabo Bruno é morto a tiros um mês após sair da prisão em São Paulo

 

Ex-militar foi abordado por dois homens armados em Pindamonhangaba. Na década de 80, quando integrava esquadrão da morte, ele foi acusado de matar ao menos 50 pessoas

iG São Paulo

Reprodução/Arquivo
Cabo Bruno quando foi preso na década de 80


Pouco mais de um mês após ser libertado, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira foi morto a tiros na noite de quarta-feira (26) na cidade de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Conhecido como Cabo Bruno, ele foi abordado por dois homens armados enquanto voltava de um culto evangélico na cidade de Aparecida.
O crime aconteceu próximo de sua casa, por volta das 23h45, no bairro da Chácara Galega, 34 dias após Florisvaldo deixar a cadeia e dar continuidade, fora dela, à vida de pastor evangélico.
A Polícia Civil investiga o caso e trabalha com a hipótese de execução já que nada foi levado do ex-policial. Ele não chegou a ser socorrido, pois morreu no local. A perícia recolheu algumas cápsulas de pistola ponto 40, mesmo calibre utilizado pela Polícia Militar, e outras calibre 380.
"Segundo testemunhas, eram dois homens que chegaram a pé e atiraram somente contra ele (Florisvaldo). Não foi anunciado assalto. Havia um carro próximo do local, possivelmente utilizado pelos atiradores na fuga. Provavelmente foi um crime de execução", afirmou o tenente Mário Tonini, da 2ª Companhia do 5º Batalhão da PM.
KATHIA TAMANAHA/AE
Foto tirada em 1999 mostra Florisvaldo com uma de suas pinturas em penitenciária de São Paulo

Entenda
Preso na década de 80, o Cabo Bruno foi acusado de matar ao menos 50 pessoas, quando estaria no comando de um esquadrão da morte. Ele permanceceu preso durante 27 anos e cumpriu o período final no presídio de Tremembé. Nos anos de cárcere, Florisvaldo converteu-se ao cristianismo, tornou-se pastor evangélico e casou com uma cantora gospel.
De acordo com a sentença, o ex-policial militar foi condenado a 117 anos, quatro meses e três dias de reclusão. O agente militar foi preso em 26 de setembro de 1983. Ele foi solto após o indulto pleno, determinado na quarta-feira pela 2ª Vara de Execuções de Taubaté, que declarou extintas as penas privativas de liberdade e concedeu o alvará de soltura.
Durante o período de reclusão, a Justiça registrou três fugas, sendo a última recaptura em maio de 1991. Após cumprir 20 anos de prisão ininterrupta, o acusado adquiriu o direito de indulto, afirma o documento, no dia 29 de maio de 2011. Conforme a decisão, Oliveira havia se comportado bem durante o cumprimento da pena, sem cometer faltas disciplinares.
*com AE

2 comentários:

  1. 28/09/2012 às 1:10 | #20 Citar
    Governo federal vê embate Rota-PCC
    Resposta da facção criminosa a ações do batalhão faz SP ter alerta para crises elevado; secretário de Segurança contesta relatório
    BRASÍLIA – O sistema de monitoramento de crises do governo federal aumentou o alerta para São Paulo por causa das ações recentes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Um relatório especial feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que abastece o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ligado à Presidência da República, mostra que a situação, ruim há alguns meses, tende a se agravar em razão da resposta do grupo às ações das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O governo de São Paulo nega.
    Acuado pela ofensiva policial, o comando do PCC teria determinado que seja aplicada no Estado a “cláusula 18″: “Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue”. Para cada membro da facção morto, um policial deve ser assassinado. A morte do soldado André Peres de Carvalho, do 1.º Batalhão de Choque (Rota), na capital, teria sido recebida ontem pelo PCC como uma “vitória”. Pela primeira vez, o grupo teria conseguido atingir a unidade.
    A contabilidade mortal do PCC também incluiu a execução de Florisvaldo de Oliveira, de 53 anos, o Cabo Bruno, no mesmo dia, no interior do Estado. Líder de um grupo de extermínio nos anos 1980, estava livre havia 34 dias e seria um símbolo para o PCC. Informações da Abin mostram que o grupo teria se fortalecido nos últimos seis anos, depois de uma relativa “paz” desde os ataques a São Paulo, em maio de 2006.
    Mesmo com alguns líderes presos, o PCC se reorganizou. Recentemente, no entanto, a Rota iniciou um trabalho próprio de inteligência que começa a chegar perto do PCC. Informações atribuídas a denúncias anônimas – como a do “tribunal” estourado há duas semanas, em que nove pessoas foram mortas – teriam vindo desse trabalho.
    O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, contesta o documento. “Fico indignado. São notícias sem fundamento. A Abin não monitora presídios e não mantém contato com a inteligência do Estado. Não monitora nem as fronteiras para coibir a entrada de armas e drogas.” Ele acusou a agência de, no período pré-eleitoral, servir a interesses político-partidários.
    Comando. Com o grupo caçado pela Rota, a ordem de usar a “cláusula 18″ teria vindo diretamente de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. A instrução aos criminosos é observar o cotidiano de policiais, para conhecer seus hábitos e fazer a execução durante a folga – de preferência, na frente da família.
    Dados da PM de São Paulo mostram que o número de policiais mortos neste ano é 40% maior do que no mesmo período de 2011. A preocupação do governo federal é que a crise se intensifique em São Paulo e se espalhe. As informações da Abin são de que o PCC se armou e se expandiu nos últimos anos. Apesar de concentrar as ações em São Paulo, ele teria associações com criminosos em diversos Estados, especialmente nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia. / COLABOROU MARCELO GODOY
    http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,governo-federal-ve-embate-rota-pcc,936887,0.htm

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  2. Início > Sem-categoria > José Bittencourt (PSD) encaminhou ao governo do Estado um documento no qual pede urgência nos trabalhos de análise para a fixação de um piso salarial para os policiais civis, militares e bombeiros de São Paulo.
    José Bittencourt (PSD) encaminhou ao governo do Estado um documento no qual pede urgência nos trabalhos de análise para a fixação de um piso salarial para os policiais civis, militares e bombeiros de São Paulo.
    27/09/2012Deixe um comentárioIr para os comentários
    Enviado em 26/09/2012 as 23:14
    26/09/2012 10:31 PEC estabelece novo piso salarial para policiais civis

    Da assessoria do deputado José Bittencourt

    José Bittencourt (PSD) encaminhou ao governo do Estado um documento no qual pede urgência nos trabalhos de análise para a fixação de um piso salarial para os policiais civis, militares e bombeiros de São Paulo. A indicação pede ainda que sejam tomadas providências que garantam melhorias nas condições de trabalho da categoria policial. De acordo com o parlamentar, se fazem necessárias também a qualificação dos policiais e a modernização do sistema. “A PEC federal 300, que estabelecia equiparação salarial da categoria no país aos valores praticados no Distrito Federal, foi apensada a outras PECs. Tem havido resistência por parte de alguns governadores à proposta, apesar de as pesquisas apontarem maioria na Câmara a favor da PEC.” “Em Caçapava, por exemplo, a vereadora Neide Aparecida da Costa Palmeira encaminhou um pedido à câmara municipal relativo a reajuste à categoria. Trata-se de uma necessidade em todo o Estado”, concluiu o parlamentar.

    jbittencourt@al.sp.gov.br SGT VILSON

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