Solange Spigliatti
São Paulo, 20 - O acordo que proibia a distribuição de sacolinhas plásticas
em estabelecimentos comerciais, como os supermercados, em São Paulo foi suspenso
nesta terça-feira, 19, segundo confirmou o Ministério Público de São Paulo.
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu por
unanimidade que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que limitava o direito
do consumidor em receber gratuitamente as sacolas plásticas, não é válido e com
isso os estabelecimentos devem voltar a distribuir as sacolinhas em cumprimento
ao Código de Defesa do Consumidor, segundo o MP.
Segundo o Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), os
estabelecimentos comerciais que deixarem de distribuir as sacolas gratuitamente
correm o risco de serem acionados pelos órgãos de defesa do consumidor, mediante
denúncia.
Para a Plastivida, "o Conselho Superior do MP entendeu que existe um
descompasso muito grande e que o ônus na não distribuição das sacolas plásticas
está recaindo apenas sobre os consumidores. Na visão do órgão, essa situação
precisa ser revertida o quanto antes", finaliza Jorge Kaimoti Pinto, advogado da
Plastivida.
A petição contra a homologação do TAC foi uma ação movida pela Plastivida,
pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idecon) e pelo terceiro interessado SOS
Consumidor, segundo a Plastivida. Segundo o MP, uma nota sobre a decisão do
Conselho deve ser divulgada na tarde desta quarta-feira.
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