Dois policiais militares foram mortos e uma base da PM foi atacada na noite desta quarta-feira (20) em São Paulo.
A primeira morte aconteceu por volta das 19h, quando três homens dirigindo um carro Nissan Livina roubado anunciaram um assalto a uma loja de roupas na rua Celestino Marinelli, no Parque São Domingos, região de Pirituba, zona oeste da cidade.
O soldado Cleiton César Alves Batista, da 1ª Companhia do 47º Batalhão (Vila Penteado), estava no local, à paisana, e foi morto pelos assaltantes. Segundo informações da Polícia Militar, Batista foi baleado após reagir ao assalto, anunciando que era policial.
Um dos criminosos fugiu com o carro, abandonando os dois parceiros, que fugiram a pé. Mesmo ferido, o soldado perseguiu os outros dois homens, mas foi novamente baleado, na cabeça e no tórax.
Ele foi socorrido pela PM e encaminhado ao pronto-socorro de Pirituba, onde morreu.
Nada chegou a ser roubado da loja de roupas e nenhuma outra pessoa ficou ferida. O caso foi registrado no 33º DP (Pirituba).
FATOS ISOLADOS
Mais tarde, por volta das 20h30, um PM foi morto a tiros dentro de uma academia de ginástica na avenida Carneiro Ribeiro, no Jardim Vila Formosa, zona leste de São Paulo. Ele trabalhava no local como professor de artes marciais.
Uma base móvel da PM também sofreu um ataque ontem na zona leste de São Paulo. Segundo a polícia, homens em uma moto passaram atirando contra a base que estava na avenida Luís Pires de Minas. Ninguém ficou ferido.
Para o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, os casos são fatos isolados. "Não há nenhuma ligação com facções criminosas. Nós temos absoluta certeza disso", disse durante coletiva à imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo comandante-geral da PM, Roberval França, dos 47 policiais militares mortos em 2011, 21 ocorreram em serviço e 26 no horário de folga. Neste ano, o número de mortes já chegou a 33. Todos eles, no entanto, ocorreram fora do horário de trabalho.
"Esses policiais morreram em horário de folga e em circunstâncias que não indicam de forma nenhuma uma relação com uma retaliação ou uma quadrilha", afirmou França.
Eduardo Anizelli/Folhapress
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