(e-mail enviado por Evandro a quem agradeço.)
Eu, Delegado de Polícia, da ativa, com 48 anos de Polícia Civil, na ativa, também cheguei à conclusão, já há algum tempo, que o Inquérito Policial deve ser extinto. Não há necessidade deste calhamaço de papeis inúteis ( apenas 10% das folhas são úteis). No Rio de janeiro, Ele já acabou! Todas as peças de cada Inquérito estão “on line”, com o MP que dirige o Procedimento. Os Delegados apenas designam quem vai cumprir o determinado pelo MP. O Ministério Público, Tem imediatamente todo o Inquérito nas aos. Pode pedir peças (laudos) “on line” e Denunciar. Há apenas um capricho dos Juízes de querem o calhamaço que andava pela Delegacia enquanto o MP Denunciava.Depois que inventaram a Delegacia Legal, que é bonita, tem ar condicionado, é limpinha, têm computadores, etc., a coisa ficou pior. A apuração de um crime é uma coisa humana e emocional, quem investiga tem de ter a liberdade de raciocinar em torno do teatro do delito, não pode, de forma alguma, ficar “algemado” nos computadores produzindo investigações orientadas pela máquina. Isto é o maior absurdo que existe. Acabou com o Capital Humano da Polícia Civil do Rio de Janeiro.A Academia de Polícia produz uma enxurrada de Cursos , que nem sempre, tem a ver com a atividade fim do agente. O faz somente para cumprir carga financeira.O mais sensato é extinguir o Inquérito. Os Delegados poderão ser juízes de instrução ( da mesma forma como os leigos são juízes no Juizado Especial – só dependem de homologação, mas julgam). Os agentes, Inspetores trabalharão no preenchimento de Boletim de Ocorrência para que os Juízes de Instrução forme a prova. No Rio o Inquérito, já acabou.
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