O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu na noite de hoje a independência da Polícia Federal (PF) e avaliou que é preferível que a instituição tenha uma atuação autônoma a uma inércia operacional. Em evento, na capital paulista, o ministro reconheceu haver certos "deslizes" em algumas operações policiais e, para esses casos, pregou a apuração dos episódios em questão e a punição quando for necessário. "É óbvio que o ideal seria ter operações sem excessos, mas isso nem sempre se consegue. A Polícia Federal (PF) atua com rigor e com independência, numa perspectiva republicana", afirmou.
"Seria ideal que tudo acontecesse sem deslizes, mas, se eu tiver que optar, eu prefiro, sim, ter uma Polícia Federal independente e autônoma a uma Polícia Federal parada, sem nenhum tipo de ação", acrescentou o ministro, antes de ser homenageado com o título honorífico "doutor honoris causa" pela Escola Paulista de Direito (EPD), na capital paulista.
Desde a semana passada, a atuação da PF vem sendo questionada após a deflagração da Operação Voucher, que desmontou um esquema de desvio de recursos no Ministério do Turismo e prendeu 36 pessoas, entre elas autoridades e integrantes da pasta. Na ação policial, foram usadas algemas e, posteriormente, foram vazadas fotos, sem camisa, dos detidos.
Fonte: Estado de S. Paulo
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