terça-feira, 18 de maio de 2010

Quatro pessoas foram mortas a tiros na segunda-feira, em Campinas.


'Se tivesse mais gente, morreria', diz parente de vítimas de chacina
Policia investiga possível vingança de policiais militares.
Juliana Cardilli Do G1 SP, em Campinas

Familiares e amigos da família que foi assassinada em uma chacina no início da noite de segunda-feira (17) no Jardim Novo Maracanã, em Campinas, a 93 km de São Paulo, estão desconsolados com as mortes e temem novos crimes contra o restante da família. A Polícia Civil investiga o envolvimento de policiais militares no crime.
De acordo com o boletim de ocorrência, uma das vítimas, um cabeleireiro de 20 anos, esteve envolvido em uma troca de tiros com PMs que terminou com um policial e a namorada baleados em abril. Os dois ficaram paralíticos.
Na casa onde ocorreram os crimes moravam 10 pessoas, seis estavam no local no momento dos disparos. O jovem e seu pai, um porteiro de 43 anos, foram mortos na calçada, o rapaz teve a mão decepada e levada do local do crime. A mãe do rapaz, uma cozinheira de 43 anos, e a avó, de 82 anos, foram mortas dentro do imóvel.
Segundo parentes, uma irmã adolescente conseguiu fugir pulando o muro e antes colocou outra irmã de 7 anos dentro de um armário. As duas escaparam e foram abrigadas por outros familiares.“Se tivesse mais gente em casa, morriam todos, tinham matado todos. Era uma família sossegada, todo mundo trabalhador, nunca tiveram problema na vizinhança. Eles moravam aqui há mais de 20 anos”, contou um parente das vítimas que, por medo, no quis se identificar.
O jovem também foi baleado na ocorrência em abril, levou um tiro na boca que o impossibilitava de falar. Por isso, ele ainda não havia prestado depoimento sobre o caso, que aconteceu em Indaiatuba, na mesma região. A bala ficou alojada na cabeça e por isso, não foi possível constatar se ela partiu da arma de um policial.
A família, entretanto, não acredita em seu envolvimento. “Ele entrou baleado no hospital aqui perto no mesmo dia que o PM foi baleado em Hortolândia. Eles [os policiais] ligaram os casos. Mas na ficha do hospital aparece que ele foi baleado em uma praça perto de casa”, contou um amigo da família que também não quis se identificar.
Ele foi um dos primeiros a chegar ao local do crime quando pai e filho já estavam mortos. “Entrei na casa e vi as duas mulheres baleadas, as socorri para o pronto-socorro”, disse o jovem. “Levaram a mão dele como troféu, para ele não atirar mais em policial. Mas a gente nem sabe se ele atirou. Mataram a família toda.”
A polícia já ouviu algumas testemunhas informalmente, mas elas ainda devem prestar depoimento oficial. O caso será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas. Procurada pelo G1, a Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre a suspeita levantada pela Polícia Civil durante as investigações
Opinião: Como sempre a culpa é da polícia. A inversão de valores é total. Chega de execrar a polícia antes de se provar alguma coisa. Até quando a polícia vai ser pisada e desmoralizada desse jeito. No caso do PM e da namorada que ficaram paralíticos não vi uma linha a respeito do caso. Quando a criminalidade tomar conta de São Paulo quem sabe passem a valorizar mais a polícia, pois, só assim lembram de nós.
José Sanches

Um comentário:

  1. EU TENHO CERTEZA DE QUE FORAM POLICIAIS QUE MATARAM ESSA FAMÍLIA TODA.MAS ME PARECE QUE DEPOIS FORAM PRESOS TBÉ AMIGOS DA FAMÍLIA FORTEMENTE ARMADOS QUE TBÉM COM CERTEZA ESTAVAM INDO ATRÁS DE VINGANÇA TBÉM.OLHA LÁ SE NÃO FOREM AINDA.CONCLUSÃO:"VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA"

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