sexta-feira, 26 de março de 2010

Os cães de guarda do Governo agem de novo! Perdoem-nos senhor, eles não sabem o que fazem!




Manifestação de professores deixa 16 feridos em SP, segundo a polícia

Houve confronto e tumulto. Docentes promoveram assembleia em frente ao Estádio do Morumbi.
Gabriela Gasparin e Érica Polo Do G1, em São Paulo

Manifestação dos professores da rede estadual de São Paulo nesta sexta-feira (26), na capital, deixou 16 feridos - sendo 7 policiais e 9 civis -, informou a Polícia Militar.

Os docentes promoveram assembleia na Zona Sul da cidade e decidiram manter a greve, que teve início em 8 de março.

A manifestação começou em frente ao Estádio do Morumbi. Por volta das 16h50, uma comissão formada por seis professores seguiu para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde iria conversar com representantes do governo. No início da noite, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) informou que a reunião terminou sem acordo. O governo quer o fim da greve para negociar.

De acordo com a PM, 5 mil pessoas integraram o protesto e 350 policiais foram enviados ao local.


Polícia responde com bombas de gás lacrimogêneo quando manifestantes tentam ultrapassar barreira (Foto: Reprodução/TV Globo)
Trechos das Avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi, e da Rua Padre Lebret ficaram interditados. As vias dão acesso ao Palácio dos Bandeirantes. O trânsito ficou lento na região.

Durante o protesto, foram registrados alguns princípios de tumulto. Manifestantes atiraram ovos na polícia, que usou gás lacrimogêneo para conter o protesto. Um outro grupo de manifestantes tentou, por volta das 17h55, ultrapassar uma barreira policial na Avenida Giovanni Gronchi, que dá acesso ao Palácio. A polícia impediu a passagem dos protestantes também com gás lacrimogêneo.

Após o confronto, a Tropa de Choque formou três barreiras para impedir a passagem do carro de som usado na manifestação dos professores.


Foto: Gabriela Gasparin/G1
Tropa de choque faz barreira para impedir passagem de manifestantes. (Foto: Gabriela Gasparin/G1)



Nova assembleia
A categoria já marcou data para realizar novo encontro: dia 31 de março, na Avenida Paulista, informou a Apeoesp. O secretário da pasta de Educação, Paulo Renato Souza, ainda avalia mais um dos pedidos dos docentes para audiência, protocolado nesta terça-feira (23), segundo a assessoria de imprensa do órgão.

Outras duas assembleias, de porte similar, ocorreram na capital desde o início da greve, ambas no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Entre as reivindicações dos professores estão o reajuste salarial de 34,3%. Eles também se opõem à incorporação da gratificação em três parcelas anuais. De acordo com o governo do estado, a folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu 33% entre 2005 e 2009, passsando de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões. Já as gratificações, segundo a Secretaria, são feitas na medida das disponibilidades orçamentárias.

Desconto no salário


A Secretaria divulgou, logo após o início da paralisação, em nota, que os grevistas terão desconto salarial relativo às faltas. Além disso, perderão participação no Bônus por Resultados, que paga anualmente até 2,9 salários para as equipes escolares que superarem suas metas e, também, no Programa de Valorização pelo Mérito, que permite aumentos salariais de 25%.

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