sexta-feira, 18 de setembro de 2009

INVESTIGADO ERA DA INTELIGÊNCIA

Estado de S. Paulo
18/09/2009

O oficial de promotoria Lee Men Tak, preso ontem pela polícia federal, fez boa parte de sua carreira em setores de Inteligência do Ministério Público Estadual (MPE). Nos últimos anos, fazia a triagem dos pedidos de investigação encaminhados ao Centro de Apoio Operacional à Execução (CAEx), que oferece suporte técnico e operacional às promotorias de todo o Estado.
Fluente em mandarim, Tak atuou em casos de repercussão, como o da máfia chinesa, investigada em 2001 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Numa das conversas telefônicas interceptadas pela PF, ele diz ao interlocutor "que tinha o Gaeco na mão". Mas dentro do MPE a suspeita é de que, em relação ao Gaeco, Tak "vendia fumaça". Os casos mais sensíveis sob investigação do grupo raramente passam pelo CAEx. Atualmente, os principais "clientes" do CAEx são a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Habitação e Urbanismo e o Grupo de Atuação Especial de Repressão à Lavagem de Dinheiro (Gedec).
No ano passado, denúncia levada ao Gaeco indicava que um agente do MPE estaria vendendo informações a comerciantes da Rua 25 de Março. A Assessoria Militar da Procuradoria-Geral de Justiça chegou a apurar o caso, mas nada foi encontrado. A suspeita, agora, é de que, provavelmente, essa denúncia já se referia a Tak.

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