quinta-feira, 14 de abril de 2016

Ladrões usam colete da PF e assaltam prédio de preso da Lava Jato em SP

Um grupo de ladrões utilizando uniforme de agentes da Polícia Federal fez um arrastão em prédio de Santo André (SP), no final da madrugada desta quinta-feira (14).
O prédio passou por uma ação verdadeira da PF no começo do mês, quando um de seus moradores, o empresário Ronan Maria Pinto, dono do "Diário do Grande ABC" foi preso, na 27ª fase da Operação Lava Jato.
Sergio Lima - 17.nov.2005/Folhapress
ORG XMIT: 551501_1.tif Caso Celso Daniel: o empresário Ronan Maria Pinto durante depoimento na CPI dos Bingos, no Senado, em Brasília (DF). O empresário é acusado de envolvimento num esquema de cobrança de propina na gestão de o prefeito Celso Daniel (PT) em Santo André (SP), cujo dinheiro seria usado em campanhas do PT. (Brasília, DF, 17.11.2005. Sérgio Lima/Folhapress. Digital)
Prédio em que Ronan Maria Pinto mora foi alvo de ação da PF e, dias depois, de criminosos disfarçados
Segundo a Polícia Militar, os criminosos convenceram o porteiro a deixá-los entrar ao dizer que tinham mandado de prisão. Eles então assaltaram quatro apartamentos do prédio, rendendo funcionários e moradores. A Secretaria de Segurança Pública informa que a ação foi feita por cerca de dez homens, todos trajados como agentes da PF, e que foram levados dinheiro e joias. Não houve feridos.
O grupo fugiu após o roubo e não havia, até o final da tarde desta quinta, qualquer informação sobre seu paradeiro.
Ao "SPTV", do Grupo Globo, o síndico do prédio, Jeremias de Oliveira, disse que o grupo tinha muitas armas, inclusive o fuzil. "Eu percebi de cara que era bandido. Eles entraram falando que era a Polícia Federal, mas tinha um cara com paletó e gravata, a gravata toda torta, o paletó maior que ele." Outro, segundo o síndico, que também teve o apartamento assaltado, estava com um "tênis velho, a calça velha e só com o colete da Polícia Federal".
O 1º DP de Santo André instaurou inquérito e ouve testemunhas e vítimas. A polícia procura por imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado a ação para identificar os autores do crime. De acordo com o site "G1", as gravações das câmeras de segurança do prédio também foram levadas.
LAVA JATO
Ronan Maria Pinto foi preso pela Polícia Federal no último dia 1º, na 27ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. O empresário é investigado para apurar sua ligação com a morte de Celso Daniel (PT), então prefeito de Santo André, em 2002. O caso nunca foi esclarecido.

A defesa de Ronan entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado na sexta-feira (8). 

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